Junto com o nascimento do meu primeiro filho veio um amor arrebatador, um amor inexplicável, só sentindo mesmo pra saber, isso a maioria das pessoas te conta e você consegue imaginar; mas o que ninguém me contou é que esse amor poderia vir acompanhado de uma solidão gigantesca, uma solidão que pressiona o coração e como nunca ninguém te falou que poderia sentir isso, você se sente culpada. Como assim, com um bebê nos braços que você ama mais que tudo no mundo, você consegue se sentir assim?
Pois bem, foi esse sentimento que eu tive quando o Nicolas nasceu, junto com o amor intenso e maravilhoso veio também uma solidão, de repente eu fui retirada do convívio social, de repente eu estava em casa o dia inteiro com um bebezinho que não falava, de repente eu passava as madrugadas inteiras com ele no colo. Eu fui a primeira da minha turma a ter filhos e sim eu me sentia muiiiito sozinha, não tinha com quem conversar, achava que não poderia falar sobre isso, me sentia culpada por sentir essa solidão e esse foi um dos principais motivos do blog surgir, saber que não estamos sozinhas, deixar a culpa de lado, afinal já carregamos tantas né e nos ajudarmos a passar por fases difíceis.
A solidão materna existe e tá tudo bem sentir, isso não significa que você ama menos ou nada disso, significa apenas que você sente falta do contato com outras pessoas.
E olha só que loucura, com o nascimento do meu segundo filho, o Arthur, que nasceu no meio da pandemia, eu já não senti isso, afinal de contas eu já estava reclusa e sem contato com os outros há alguns meses, tinha o mais velho como companhia o dia todo e o que acho que ajudou foi saber que estavamos todos no mesmo barco... que estávamos todos sem contato e sem poder sasaricar por ai.
E por ai, como foi pra você? sentiu essa solidão ou foi tranquilo?
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