É preciso ter leveza ao maternar, está aí uma coisa que eu prezo e incentivo em todas as famílias.
Ter leveza é entrar no mundo da criança, deixá-la ser criança e ver o mundo de forma bela, é proteger essa infância e se divertir enquanto faz isso.
Ter leveza é saber que alguns dias podem ser de caos mas que não devemos nos acostumar a eles.
É saber que a maternidade pode ser linda e leve.
É saber pedir ajuda sempre que necessário, é aceitar ajuda.
É curtir cada momento do seu maternar e quando ficar difícil saber parar e entender o que acontece, para que você possa voltar a aproveitar novamente.
É sorrir, ser feliz e viver cada dia com alegria, com leveza.
Desejo a você um dia leve e se ficar pesado, conta comigo para ajudar

Agora quero deixar aqui esse texto, que reflete exatamente o que penso e sinto sobre a educação dos meus filhos, não é fácil, não é natural, é lutar contra uma maré, inclusive a minha maré, é desafiador e recompensador. Obrigada Rafaela Carvalho por esclarecer de maneira tão descritiva o que sinto e muitas outras mães também sentem.
Texto Rafaela Carvalho
"Difícil é ser zen
É preciso muita força para ser calma, para agir ao invés de reagir. E falo por mim, não pelos outros.
É punk lembrar que a crise nervosa da criança não pode ser a minha crise nervosa.
É desafiador ter a consciência de que não dá pra mandar alguém se recompor, se eu estou nitidamente alterada.
É contraditória essa convicção de que educar com gentileza é sinônimo de ser “mole”.
Mole é agredir (verbalmente ou fisicamente) para se fazer ser ouvido. Fácil é fazer chantagens sem pé nem cabeça, difícil é largar o que está fazendo para explicar, ensinar na prática e entender que o real aprendizado exige erros e acertos.
Mole é berrar “eu já te pedi trezentas vezes”, complicado é perceber que talvez a forma como eu estou passando a mensagem, trezentas vezes, não está sendo eficiente.
Fácil é castigar, difícil é colocar tempo para sentar, mudar o olhar, conversar. Tempo. Difícil é colocar tempo.
Mole é gritar, é mandar ficar sozinha no quarto para pensar (leia-se engolir o choro). É poder continuar, sem ninguém atrapalhar, a atividade que estava fazendo. E claro, se enganando que a criança de quatro anos está lá no quarto, realmente focada e refletindo sobre a “coisa feia que ela fez”.
Fácil é ofender e magoar, difícil é ser zen e manter a calma quando a vontade é de gritar e pegar forte.
Fácil é repetir padrões. Padrões esses que, basta observar e olhar ao redor, para perceber que são falhos. Difícil é tratar criança com empatia, como indivíduos completos que são, com respeito, ao invés de criar uma ditadura familiar. Ser consistente, porém, gentil. Ser educação e acolhimento, mesmo quando boa parte do mundo te diz para fazer o oposto, isso sim é ter pulso firme.”
Comentarios