Hoje vamos ouvir a história da mamãe Clara, contando dos primeiros dias com sua bebê Louise. Ela é enfermeira e mesmo trabalhando com recém nascidos e aleitamento materno teve muitas dificuldades no começo e o conhecimento fez toda a diferença.
"Eu já tinha experiência em cuidar de bebês antes de ser mãe. Trabalhei com recém nascidos durante mais ou menos 5 anos antes de engravidar
Mas a maternidade real me pegou de jeito. Foi surpreendido descobrir que meu conhecimento sobre bebês não era o suficiente para cuidar do meu bebê.
Tecnicamente eu sabia o que fazer em relação há muitos acontecimentos, mas psicologicamente eu estava muito cansada e esgotada e me sentia traída por ninguém me contar antes que eu não dormiria uma noite inteirinha por pelo menos um ano.
Logo eu que costumava fazer os bebês pegarem o seio materno tão bem, não consegui fazer o meu mamar. Isso nos custou 3 diárias no hospital. Mesmo assim saímos com prescrição de fórmula."
Ela não acreditava que mesmo compreendendo toda a importância do aleitamento materno, não conseguia fazer seu bebê pegar corretamente. Ficou desanimada mas conforme ela nos conta seguiu com fé.
Em casa, a bebê conseguiu pegar o peito, porém de forma errada.
"Poderia ter tido a assistência de uma especialista em aleitamento materno (consultora em amamentação), mas achei que daria conta. Não dei e percebi que o trabalho estava apenas começando. Busquei em meu registro mental que profissional, outro, seria capaz de me ajudar, já que o pediatra não havia me dado resolução. Amamentei quase chorando por dias a fio de 3/3hs até que consegui ir a fonoaudióloga com quase um mês. Não recordo bem. Sempre digo que mães sofrem um tipo de amnésia pelas noites mal dormidas.
Enfim pensei, minha dificuldade será solucionada. Não foi bem assim. Precisava realizar exercícios com a língua do bebê que na verdade tinha sucção, mas mamava e mordia ao mesmo tempo. Um mês depois, a base do uso de pomada de lanolina, o seio já estava mais resistente. Mas o bebê continuava a pegar errado. Foi melhorando aos poucos, mas foi muita insistência. Quase desisti do aleitamento materno.
Mesmo os profissionais da área da saúde tem dificuldade em orientar as mamães e em nos indicar a outros profissionais especialistas no problema que a mãe enfrenta. Esse foi meu caso. Os médicos não acreditavam na consultora em amamentação e nem na fono. Mas como eu tinha esse conhecimento e o que me faltava era a forma como chegar a eles devido a distância, eu consegui ir em busca de ajuda.
Sou enfermeira e a maternidade é dor e amor, amor e dor, depois mais dor e amor amor amor. Não sei como sobrevivi ao primeiro mês pós parto. Mas precisei de ajuda especializada e sou grata a eles por todo o suporte, compreensão e carinho.
A assistência humanizada, o se colocar no lugar do outro é que fazem a gente ter forças para continuar tentando o melhor para o bebê, mesmo que naquele momento não pareça tão bom assim pra gente.
Respeito quem não quer amamentar porque sei o trabalho que é esse processo. Mas a família, os amigos, todos podem dar suporte emocional e força para que esse processo aconteça da forma mais tranquila possível."
Que bom Clara que você chegou até a fonoaudióloga, que como você mesma escreveu, te incentivou e te deu forças quando você queria desistir! A Louise agora está com 1 ano e segue em aleitamento materno. Parabéns Clara pela sua persistência, o conhecimento com toda certeza fez a diferença nesse processo.
Se você está com dificuldade em amamentar, busque ajuda, tem tantos profissionais extremamente capacitados que podem nos ajudar nessa fase.
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